May 23
Multinacional abriu as portas da central de biotecnologia para comitiva composta por autoridades da Índia
Focada na expansão de mercado e internacionalização do melhoramento genético, a ABS estreitou a comunicação com o governo indiano. A unidade brasileira da multinacional de biotecnologia recebeu, na última semana, a comitiva do Ministro das Pescas, Pecuária e Laticínios da Índia e do Embaixador da Índia no Brasil. A Central ABS fica localizada na BR-050, em Uberaba (MG).
As autoridades do país asiático conheceram a bateria de touros Guzerá e Gir Leiteiro e o também o Laboratório IntelliGen Technologies, de genética sexada da ABS. O grupo verificou de perto a qualidade do trabalho desenvolvido pela ABS no Brasil, que visa gerar lucro através do progresso genético, pautado na produção sustentável.
Dentre as autoridades e investidores, estiveram presentes: Ministro das Pescas, Pecuária e Laticínios da Índia, Sr. Parshottam Rupala; Embaixador da Índia no Brasil, Sr. Suresh Reddy; Primeiro Secretário da Embaixada da Índia em Brasília, Dr. Arjun Deore; Gerente Sênior (Criação Animal) da National Dairy Development Board; Dr. Nilesh Kumar Nayee. Na ABS, o grupo foi acompanhado pelo Coordenador de Comércio Exterior, Rodrigo Moraes, e pela Geneticista Leite, Carolina Campos.
A comitiva veio ao Brasil focada em animais que possam colaborar ainda mais com a genética bovina do país e demonstrou interesse pelo Gir leiteiro e Guzerá, que são raças Zebuínas, originárias da Índia. O Guzerá foi a primeira raça de gado zebuíno a ser introduzida no Brasil, trazida do país asiático. Atualmente, contudo, o Brasil não possui autorização para exportar genética para a Índia. O protocolo já existe, mas necessita de ajustes técnicos para facilitar o processo. Desta forma, um dos grandes objetivos da ABS foi dialogar sobre o assunto, para solucionar essa questão e fortalecer laços comerciais.
“O que acontece hoje é que nós temos uma dificuldade burocrática. Existe o protocolo sanitário e o mesmo é funcional, no entanto, a National Dairy Development Board, que é uma associação de criadores de gado de leite, criou um documento ao qual rejeita muito os nossos animais. Assim, o intuito da visita foi mostrar que o trabalho que desenvolvemos aqui condiz com o que falamos no exterior. Eles conseguiram experienciar o que a ABS faz e ver com os próprios olhos que é o correto”, explicou Rodrigo Moraes.
A avaliação do coordenador sobre a comunicação estabelecida é positiva. “Nós nunca recebemos em uma só visita o Ministro da Pecuária da Índia, o Embaixador, além de técnicos da National Dairy Development Board e investidores. Para nós, foi um prazer muito grande recebê-los e poder dizer realmente o que está acontecendo para tentarmos resolver esses empasses relativos à exportação. A Índia é um mercado que insemina muito e grande parte desses animais são Gir Leiteiro, então, se abrirmos essa porta para nós, iremos passar, do total no Brasil de exportação, de mais de um milhão de doses, para um mercado que poderia estar exportando facilmente, três a quatro vezes mais, o que exportamos hoje”, conclui.
O volume do rebanho indiano é expressivo, são cerca de 305,5 milhões de animais, 97 milhões de doses vendidas e mais de 33 milhões de vacas inseminadas. Além da comercialização de sêmen bovino, a exportação de embriões para a Índia também é uma das metas da ABS. O país asiático investe de forma significativa em inseminação artificial e conta com um leque propício para a inserção da linha de embriões brasileiros.
A visita à Central ABS também contou com um tour no laboratório IntelliGen Technologies, que é responsável pela produção do Sexcel, a genética sexada exclusiva da ABS. A comitiva foi recebida pela Gerente do Laboratório, Amanda Nonato, que explicou o trabalho realizado na unidade.