Corte no leite: programa utiliza genética de corte para aumentar rentabilidade de produtores de leite

Dec 12

Vacas leiteiras de menor desempenho produzem animais cruzados de corte, que têm alta demanda pela indústria; em uma comparação direta, animais oriundos do programa Beef InFocus garantiram R$640,00 a mais de lucro por cabeça do que uma progênie de Angus

Em busca de maior lucratividade, o produtor de leite brasileiro está descobrindo o potencial de uma estratégia genética muito utilizada na Europa e nos Estados Unidos: o uso de sêmen de corte no rebanho leiteiro. Cruzando as vacas de leite com touros de corte, o produtor de leite terá animais de corte, que têm alta demanda pela indústria.

“Essa estratégia, do uso da genética de corte no leite, ganhou muita força a partir do momento em que houve um uso massivo da genética sexada de fêmea. Ocorre que os produtores de leite usam sêmen sexado de fêmea para produzir a reposição das melhores vacas leiteiras, mas começam a ter um excedente de fêmeas. E uma fazenda comercial que não tem o foco na venda de genética de fêmeas prenhes, acaba tendo um custo muito elevado para a cria e recria dessas fêmeas. Se o rebanho não tem como crescer, isso se torna um problema”, explica o Gerente de Produto e Projetos Corte Europeu da ABS, Marcelo Selistre. 

O programa Beef Infocus foi desenvolvido pela ABS justamente para atender essa demanda. Com base nos índices de reprodução da fazenda, o produtor determina um percentual de uso de genética sexada de fêmea para produzir a reposição. E para as vacas inferiores geneticamente, é indicado o cruzamento industrial com genética de corte.

“Antes de qualquer reprodutor ser incluído em nosso programa, realizamos uma análise extremamente rigorosa de seu desempenho previsto, utilizando um banco de dados exclusivo – RWD™️ (Dados do Mundo Real). Com mais de 5,5 milhões de registros de fertilidade em mais de 1.100 fazendas, e 1,5 milhão de eventos de parto, garantimos que todos os reprodutores atendam aos padrões elevados do programa Beef InFocus. Esse processo também envolve a coleta de dados durante toda a trajetória dos bezerros, desde a reprodução até o abate, para garantir que nossa genética traga resultados reais e comprovados para os produtores”, ressalta a Gerente de Serviços Genéticos da ABS, Laís Grigoletto.

Para a graduação no programa, o touro deve ter pelo menos 500 dados em quatro rebanhos. Os índices de avaliação se baseiam em características que atendem ao lado do produtor de leite: fertilidade, facilidade de parto, menos dias de gestação e diminuição de natimortos; e também características que atendem ao lado do produtor de carne: ganho de peso, eficiência alimentar e carcaça de qualidade.

Em uma comparação direta, os animais Beef InFocus garantiram R$640,00 a mais de lucro por cabeça do que uma progênie de Angus. “Além de consumir 0,5kg a menos de ração do que Angus para cada quilo ganhado, atingiram peso de abate três semanas antes, gerando mais de 10% de economia nos custos de confinamento, e produziram carcaças superiores à média da indústria em peso e qualidade, com melhor acabamento de gordura”, comenta Marcelo Selistre.

Laís Grigoletto reforça ainda a confiabilidade do programa.  “Nosso compromisso com a validação de performance é fundamental para garantir que a genética Beef InFocus seja não apenas confiável, mas também eficaz em toda a cadeia produtiva, proporcionando melhores resultados. Ao investir na nossa genética, o produtor tem a garantia de estar utilizando uma solução testada e validada, que realmente entrega resultados”.

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