Mar 11
Dos 80 aos 2.500 litros diários, a gestora conta a história de como conseguiu superar obstáculos e se estabelecer como produtora em Castro (PR) – com a ajuda da genética e assessoria técnica da ABS
Empreendimentos familiares são exemplos da dedicação e persistência dos produtores brasileiros. São muitas as histórias de pequenos negócios que floresceram e cresceram, transformando-se em estabelecimentos de referência pela produtividade, boa gestão e resultados.
Mesmo depois desse crescimento, muitos destes negócios ainda preservam os valores familiares que caracterizam as origens de cada rebanho, e trazem consigo o legado dos produtores – e produtoras – que dedicam as suas vidas ao campo.
A história de Luciana Ranelli Weigel Rebonato é um destes casos. Natural da capital paulista, ela decidiu, com o seu marido, Evandro, montar uma leiteria, no ano de 2001: foi o início da Chácara Giulia, em Castro, Paraná. Formada em Química, ela conta que nunca havia pensado em trabalhar na agropecuária.
“Depois de uns anos, me afastei da chácara para ser professora na minha área de atuação. Foi só em 2011 que retomei o negócio e tomei a frente da chácara, já que o meu marido precisava viajar muito a trabalho e era necessário ter alguém mais presente na propriedade”, relembra.
Desde então, Luciana nunca mais olhou para trás. Atuando na gestão do empreendimento familiar, ela conta que foram necessárias muita persistência e coragem para superar os desafios.
“No início, produzíamos apenas 80 litros de leite por dia. O nosso plantel começou a crescer, mas era muito difícil porque não sabíamos muito sobre genética. Depois de muitos percalços, incluindo um relâmpago que causou a morte de muitos animais e um surto de raiva no rebanho, pensamos, até, em desistir”, confessa.
No entanto, estes obstáculos não venceram a gestora. “Procurei estudar, fiz uma pós-graduação voltada para a pecuária de leite. Também fiz alguns cursos técnicos pela cooperativa que atendemos e pelo Sebrae. Fui me especializando e aprendendo mais sobre a gestão da propriedade.”
Pouco a pouco, os resultados desse esforço apareceram. A produção se estabilizou e cresceu. O dia a dia da fazenda ficou mais fácil.
“Hoje, a nossa produção está em torno de 2.500 litros diários. No passado, não me imaginava trabalhando no campo mas, hoje, não me vejo fazendo qualquer outra coisa. Tenho muito amor pelos animais – sinto a falta deles quando não estou na fazenda!”, continua.
Foi assim que Luciana se tornou uma das muitas líderes femininas que comandam a agropecuária brasileira. Confiante em um trabalho comprovadamente bem feito, Luciana afirma que percebe um movimento muito positivo no sentido da igualdade de gêneros na pecuária.
“Hoje, vemos muitas mulheres mostrando a sua força no Agro. Na verdade, nós sempre existimos, mas estávamos mais escondidas. Ainda existe um pouco de preconceito. No meu caso, por exemplo, já lidei com funcionários que não aceitavam seguir as minhas ordens – só as do meu marido. É um mundo machista, mas está melhorando”, afirma.
Para ela, a presença das mulheres no setor é de extrema importância. “Nós, mulheres, temos atuações muito fortes em determinadas áreas, como o controle de qualidade. Valorizamos mais o diálogo e a comunicação”, acredita.
Conhecimento e apoio.
A ABS passou a fazer parte da trajetória da Chácara Giulia e de Luciana há cerca de seis anos.
“Já adquiríamos o sêmen da ABS antes de eu assumir. Por volta de 2014, fomos na empresa e conhecemos a equipe. Pouco depois, começamos a usar o ABS Monitor, e foi um divisor de águas para a gente”, conta.
Segundo Luciana, a equipe ABS sempre se mostrou prestativa em ajudar com o conhecimento que faltava à equipe, nos primeiros anos.
“Nos ajudaram sempre com muita paciência. Hoje, somos 100% ABS. Foi com a empresa que aprendemos a fazer acasalamentos, a monitorar o cio com a técnica de chalk. E, claro, o ABS Monitor é essencial para o nosso trabalho. A genética ABS mudou completamente o nosso rebanho”, finaliza.